Olho para o espelho polido
Que no quarto vazio está.
O meu rosto não é o meu.
Nem o passado, nem o presente.
Aquilo que faço, aquilo que vivo,
Aquilo que sou: não o reconheço.
O tempo passa, a água corre
E escorre...
Não me reconheço em mim,
Pois em mim não estou.
Sou vazio, como este quarto cheio;
Preenchido de nadas, com falta de tudos. Foto tirada a 28-09-2007, em Braga
Sem rumo,
Sem futuro,
Sou assim:
Ausente.
Nota: Escrito a 19-07-2009, este poema segue as linhas cronológica e temática de Espelho Passado.