Poesia, música em piano e fotografia. Tudo assim: muito simples, que simples é muito melhor.

Simplicidade acima de tudo

Autor: Site | Música | Myspace | Fotografia

//Pedro Simão O. Mendes (site)
//Myspace
//Carbonmade (portefólio fotografia)
//Olhares

Arquivo | Outros Blogues

O que se escreve

Quarta-feira, 09 de Setembro de 2009

Olho para o espelho polido

Que no quarto vazio está.

O meu rosto não é o meu.

Nem o passado, nem o presente.

 

Aquilo que faço, aquilo que vivo,

Aquilo que sou: não o reconheço.

O tempo passa, a água corre

E escorre...

 

Não me reconheço em mim,

Pois em mim não estou.

Sou vazio, como este quarto cheio;

Preenchido de nadas, com falta de tudos.                      Foto tirada a 28-09-2007, em Braga

 

Sem rumo,

Sem futuro,

Sou assim:

Ausente.

 

 

Nota: Escrito a 19-07-2009, este poema segue as linhas cronológica e temática de Espelho Passado.


Domingo, 30 de Agosto de 2009

Num fatigante, fatídico e fatífero dia, a Filomena, na sua fátua fatiota, fugiu da família, para a Finlândia, a fim de frutificar a sua febril capacidade farmacêutica de fabricar fecundos fármacos que facilitam a fogosidade debaixo dos lençóis.

Formou família com o Filipe. Fortunearam e, felizmente, foram felizes.

 

 

 

Nota: Escrito em 14-02-2009, este é mais um daqueles textos espontâneos.

Foi utilizado e adaptado pelo grupo de teatro que frequentei (e, se tudo correr bem, frequentarei), T.J.V. [Teatro Já Vai (2º nível)] da Escola Secundária Alberto Sampaio, para a sua peça de teatro, "Porque é que não vais dar uma volta para espairecer?" apresentada no auditório da dita escola, a 2 e 4 de Junho.


Quarta-feira, 26 de Agosto de 2009

Sons.

Ruídos.

Sussurros

E murmúrios.

Ecoam em mim,

Serpenteiam o meu ser.

De alto a baixo,

De um lado a outro,

Ebulientes e frenéticos,

Queimam-me a alma.


Por que não param?

Por que raio não cessam

Estes malditos

Sons,

Ruídos,

Sussurros

E murmúrios!


Fecho os olhos.

Tento escutá-los, um a um.

E, quando o faço, logo eles se silenciam.

Um a um...


Emudecido o pensamento,

Solto um grito empoeirado

Nas gavetas do meu ser.


Grito

Que tortura,

Arranha e fende,

Desvairado,

Distorcido,

Exaltado

E exaurido!


Grito

Que queima,

Asfixia e ferve em mim,

Perturbado,

Poluído,

Frustrado,

Fingido.


E eles voltam, mais uma vez.

E, mais uma vez, não os escutei,

Pois não se deixam escutar.

Estes sons,

Estes ruídos,

Estes sussurros

E estes murmúrios.

Ecoam em mim,

Queimam-me a alma.

 

Nota: Aqui publicado porque foi escolhido pela minha namorada para tal, este poema é um dos mais extensos (senão o mais extenso) que escrevi. Demorei, penso eu, mais de dois meses a terminá-lo. Terminei-o a 03-08-2009.


Terça-feira, 25 de Agosto de 2009

As férias, que foram mais curtas do que esperava, já terminaram. Terminaram há mais de uma semana, aliás, mas só agora voltei para publicar mais das minhas "obras".

 

Quem já cá veio e voltou agora, pode ver que sou um apoiante do Luís, que quer ir à Antárctica. Já votei nele e decidi, também, colocar cá uma faixa com hiperligação ao blog Rumo Antárctica (onde podem encontrar mais informações acerca do projecto e saber como apoiar o Luís). Vá, vá... Cliquem ali em cima (ou nas hiperligações anteriores deste texto)! Não custa nada!

 

Desde o último post, recebi dois óptimos presentes da minha namorada (a pessoa mais perfeita que conheço, diga-se de passagem): uma caneta e um bloco de notas (lindo, lindo, lindo) para escrever toda a minha poesia (e não só). É que até agora, só costumava escrever no PC. No bloco, a magia é outra!

Digam lá se não são bonitos:

 

 

Já agora... o próximo post vai ser um poema escolhido pela minha namorada para ser publicado aqui. É já amanhã que o publico. ( :

Pedro Simão Mendes às 22:57

Domingo, 16 de Agosto de 2009

Embora a luminosidade tivesse diminuído, não se movera nem um milímetro. Não sentia medo, nem sequer receio. Estava ali, sozinha, com ele, naquele beco imundo. Deixou-o aproximar-se. Atentou na maneira como olhara para a sua bolsa – era óbvio o que ele queria. Quando estavam próximos o suficiente, ela estendeu-lha. Surpreendido, perguntou:

-Só isso?

-Não! – Exclamou, aplicando uma joelhada nas partes baixas do cretino que acabara de tentar assaltá-la. Sim, tentar, pois afinal, as aulas de defesa pessoal do ano anterior mostraram-se úteis. O seu pai estava enganado, portanto.

Afastou-se dele, que estava caído no chão, quase inconsciente. Saiu devagar, olhou em volta. Apanhou um táxi, pois dali a uma hora encontrar-se-ia com alguém: era um encontro.

 

 

Nota: Um dos meus trabalhos mais recentes, escrito a 27-07-2009. Um dos tais textos nonsense, que nem sei bem o que são. Escrevo-os espontaneamente, simulando situações imaginárias, cheias de história, da qual apenas conheço uma pequena parte, que transcrevo da minha mente para o papel.