Embora a luminosidade tivesse diminuído, não se movera nem um milímetro. Não sentia medo, nem sequer receio. Estava ali, sozinha, com ele, naquele beco imundo. Deixou-o aproximar-se. Atentou na maneira como olhara para a sua bolsa – era óbvio o que ele queria. Quando estavam próximos o suficiente, ela estendeu-lha. Surpreendido, perguntou:
-Só isso?
-Não! – Exclamou, aplicando uma joelhada nas partes baixas do cretino que acabara de tentar assaltá-la. Sim, tentar, pois afinal, as aulas de defesa pessoal do ano anterior mostraram-se úteis. O seu pai estava enganado, portanto.
Afastou-se dele, que estava caído no chão, quase inconsciente. Saiu devagar, olhou em volta. Apanhou um táxi, pois dali a uma hora encontrar-se-ia com alguém: era um encontro.
Nota: Um dos meus trabalhos mais recentes, escrito a 27-07-2009. Um dos tais textos nonsense, que nem sei bem o que são. Escrevo-os espontaneamente, simulando situações imaginárias, cheias de história, da qual apenas conheço uma pequena parte, que transcrevo da minha mente para o papel.