O tempo pára. Olho para trás.
O que fiz, o que fui, o que vivi,
Tudo ténue como uma névoa matinal,
Tão longe e, contudo, tão perto,
Reflecte-se em mim como a noite escura.
E o que fui, o que fiz e o que vivi
Volta a mim, voando dali para aqui,
Onde o tempo parou e, onde me encontro agora,
Volta palpável como a água, e sinto-me certo
Que se não vai embora...
Eu, num parque infantil em Braga, a 23-05-2008
Foto tirada por Cátia Graça
Nota: Poema escrito a 18-01-2009, faz parte de uma espécie de "trio" de poemas - Espelho passado, Espelho presente e Espelho futuro. O passado, por mais que não queiramos, volta-nos sempre à mente, uma vez por outra.